quarta-feira, 20 de agosto de 2008

IMPRENSA: Crianças mordidas por Pitbul

«As cinco crianças que foram mordidas por um cão da raça pitbul, segunda-feira, numa quinta de Tarouca, já tiveram alta dos hospitais de Vila Real e Lamego.

Carlos Vaz, administrador do Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro (Vila Real), adiantou à Agência Lusa que deram entrada nas Urgências, ao final do dia, dois meninos de 14 anos, "que tiveram alta passado pouco tempo, porque não se tratava de nada muito grave e tinham as vacinas em dia".

"Um menino estava mordido na mão e o outro tinha muitas mordidelas na perna esquerda", acrescentou, explicando que apenas o último teve de ser suturado.

No hospital de Lamego, que integra o centro hospitalar de Vila Real, deram entrada "três meninas, com ferimentos ligeiros", segundo Regina Bento, vogal executiva do conselho de administração.

"Entraram às 19:20, com ferimentos na perna esquerda, na anca direita e num dedo da mão esquerda. As feridas foram desinfectadas, colocados pensos e foi-lhes dada alta para o domicílio às 20:40", explicou, acrescentando que também "tinham as vacinas em dia".

O número de crianças feridas apontado pelos responsáveis hospitalares não coincide com o avançado pelos bombeiros e pela GNR, que falam em quatro - três meninas e um menino.
O grupo de crianças estava numa quinta a festejar o aniversário de uma delas, quando entrou o cão.»

Hoje, no Jornal de Notícias.

terça-feira, 19 de agosto de 2008

EM ESTUDO: O nome que damos aos cães


O nome que damos aos cães tem sempre um significado. Neste estudo pretendemos identificar padrões, frequências de nomes, etc.

EM ESTUDO: Cão que não conhece o dono


Landsberg et al., no livro Handbook of Behaviour problems of the dog and cat (1997), e considerado uma obra de referência na especialidade, refere a agressividade como um dos problemas comportamentais mais comuns em cães. Ora, isto quer dizer que a agressividade nos cães é um problema actual e que faz parte do nosso quotidiano com o qual nenhuma das partes está preparada para lidar. Nem veterinários nem donos. O resultado é um autêntico quarto escuro. Por exemplo, em casos de agressividade por dominância, os donos referem que o comportamento de agressividade dos seus cães ocorreu subitamente e sem qualquer provocação. No entanto, na observação do dono em interacção com o seu cão, TODOS os animais apresentavam posturas de dominância e claros sinais de ameaça quando confrontados. Isto significa que estes cães emitiram durante bastante tempo (nalguns casos, outros meses, e outros anos até) sinais da sua escala hierárquica dentro da matilha e, nomeadamente, sinais explícitos de agressividade ofensiva muito antes do primeiro episódio de mordedura ter ocorrido. Sinais esses totalmente ignorados pelo dono. (Correia, 2006) Este estudo está dividido em quatro parte. Na primeira parte iremos focar a história da domesticação e da familiarização do cão no sentido de compreender o que estes animais realmente significam para as pessoas que os têm e a forma como esse significado pode estar, de algum modo, ligado ao fenómeno da agressividade nos cães. Na segunda parte iremos abordar os aspectos mais importantes em relação às alterações de comportamento resultantes da domesticação. Mas também iremos focar a teoria da agressividade, na tentativa de identificar uma «linguagem» canina. Depois, na terceira parte, iremos analisar casos reais do quotidiano e como foram resolvidos. Finalmente, na quarta parte, analisaremos o que tem falhado na abordagem social e política e técnica ao fenómeno da agressividade nos cães. Os resultados deste estudo serão posteriormente publicados em livro com o título «Cão que não conhece o dono: o problema actual da agressividade nos cães» e estará disponível ao público em geral.

LER: Co-evolução da linguagem em humanos e cães

Uma das linhas de investigação do Departamento de Psicologia do Desenvolvimento e Comparativa do Max Planck Institute para a Antropologia Evolutiva consiste no estudo de diferentes processos cognitivos. Um dos modelos usados é o cão uma vez que têm uma história de convivência com os humanos de pelo menos 15 mil anos o que significa uma selecção das capacidades cognitivas em humanos e cães. Até agora foi verificado que os cães são sensíveis a determinados estados de atenção dos humanos (por exemplo, roubam comida quando estamos distraídos porque sabem que estamos mesmo distraídos) e que compreendem determinadas pistas comunicativas. Nada disto foi verificado em lobos nem em primatas não-humanos.

O PRINCÍPIO

O Gabinete de Estudos de Antrozoologia surge associado à ANIAID - Clínica Veterinária, Lda. e tem como objectivo geral o estudo multidisciplinar da relação entre as pessoas e os seus animais de companhia.

Responsável:
Ricardo S. Reis dos Santos

Equipa:
Ricardo S. Reis dos Santos
Cristina Correia

Contactos:
Rua República Peruana, n.º 5B - 1500-550 Lisboa